quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

PRIMO COM PRIMA: PODE?



A aproximação mais frequente nos inúmeros eventos familiares ou aquelas férias na casa de praia do tio são alguns dos motivos que podem estimular a aproximação entre os parentes, os primos. Sem contar que todo mundo tem na família uma prima gata (no caso das meninas, primo), o que já é motivo pra despertar outros sentimentos além do familiar. Muitos destes casos acontecem durante a fase das descobertas sexuais, na infância ou puberdade. Alguns passageiros, mas outros vão parar no altar.

Mas será que pode rolar pegação entre primos?

Passei a infância e adolescência ouvindo histórias de amigos(as) que pegavam primas(os), ou que pelo menos tinham uma atração muito forte por esse tipo de parente. Infelizmente, não pude curtir isso porque cresci longe da minha família. Mesmo assim nas férias, quando visitava a família, me deparei com outro problema: as primas eram de gerações diferentes. Mais velhas ou bem mais novas que eu.

Se a pergunta for feita para nossos pais ou tios é bem provável que a resposta seja não. Pelo menos para as famílias mais tracidionais isso é quase que um incesto. Mas normalmente essa questão não é levantada nas reuniões de família. Quando rola alguma coisa entre primos é “por de baixo do pano”, seja no sentido literal ou metaforicamente :)

No ponto de vista católico, somente um Bispo pode autorizar uma cerimônia matrimonial entre primos de primeiro grau. Não me perguntem os pontos que ele analisa porque não saberei explicar. Já a Ciência tem uma posição bem otimista para estes casos. Pesquisas realizadas no Conselho Nacional da Sociedade de Genética, nos Estados Unidos, revelam que o risco de primos de primeiro grau gerarem crianças com algum tipo de irregularidade genética praticamente equivale ao de pessoas sem nenhum grau de parentesco. Sem ter nenhum grau de parentesco, o risco é igual a 3%, enquanto entre primos o risco é de 4,7%, segundo estes estudos. Outras pesquisas já foram realizadas com o mesmo objetivo, e apresentam números próximos, o que é bem menor ao que se imaginava.

Curiosamente o autor da teoria evolucionista, Charles Darwin, foi casado com uma prima de primeiro grau e teve dez filhos, todos saudáveis.

Bom, mas nem todo mundo precisa pegar e ter filhos, né?
Mais aí vem outra questão.

Você pega uma prima, ela se apaixona mas você não quer nada de mais, ou vice-versa. Vai ser difícil encarar os tios, que sabem que você é o motivo da tristeza da princesinha deles. Imagina o clima nos encontros familiares? E se você é homem, é possível que o primo mais velho tome as dores da irmãzinha e te dê umas porradas.

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